O nosso intestino tem um papel muito importante na nossa imunidade guerreira, por isso cuidar e fortalecer é de extrema importância.
Para além de decompor os alimentos, a absorção dos seus nutrientes, também atua a nível cerebral, a nível do nascimento e na nossa imunidade.
É um órgão de grande complexidade, que contém um microbioma, um conjunto de bactérias que habitam o nosso corpo, mantendo-o vivo e saudável, para que possa cumprir as suas várias funções.
Qual a importância do microbioma?
O microbioma controla o equilíbrio de todas as bactérias no nosso corpo. Vive na nossa pele, no nosso intestino, e em outros órgãos do nosso corpo.
Por exemplo, uma infeção urinária, resulta de um desequilíbrio do nosso microbioma. Este acontece por uma alimentação pouco saudável, stress ou estados de ansiedade, que desregulam o equilíbrio de uma bactéria, a cândida, que faz parte do nosso corpo, que é benéfica quando está equilibrada, mas neste caso, cresce mais do que é devido, resultante nessa infeção.
Quando o microbioma está frágil, outros vírus e bactérias estranhos ao nosso corpo, irão atacar-nos e fragilizar o nosso corpo.
Hoje em dia o nosso microbioma é atacado por desconhecimento dos seus benefícios, quando o devíamos e, assim, proteger as nossas bactérias endógenas, isto é, próprias do nosso corpo, ao contrário de as destruir.
Como cuidar do nosso intestino e do nosso microbioma?
1 – Devemos comer alimentos simples, de um ingrediente, o mais integral possível, em estado digamos, mais selvagem. Sem ser processados ou muito pouco processados.
2- Evitar o trigo, o glúten, que são alérgenos, e existem na maior parte das farinhas, o que provoca irritação no intestino.
3 – Evitar ou eliminar mesmo, as bolachas, o pão, as farinhas que usamos para substituir os de compra têm que ser escolhidas sem glúten e sem trigo.
4 – Eliminar o açúcar, por completo. Diminuindo, ou terminado de imediato, para que se deixe de ser uma necessidade.
O açúcar alimenta de forma muito deficiente o nosso microbioma, fazendo-o ficar desequilibrado, aumentando a bactéria cândida e dando entrada a outras bactérias nocivas ao nosso organismo e que irão baixar a nossa imunidade guerreira.
Podes eliminar o açúcar, deixando de comprar, deixando de ter em casa disponível, deixando de ir a sítios onde estão de fácil consumo.
5 – Diminui os hidratos de carbono.
6 – Não consumir álcool, que também torna deficitário o nosso microbioma.
O intestino, num esforço para rejeitar estes substitutos, irá rejeitar nutrientes dos alimentos, chamados bons, e o microbioma que nele habita naturalmente.
7 – Comer frutas variadas, tendo em atenção o seu açúcar natural, não exagerando e tentando comer sempre a mesma fruta ou da mesma família, se naquele momento apetecer mais do que uma.
8 – Vegetais, todos e mais alguns, crus de preferência, mas cozidos também. Não exagerar na cozedura ou passam a ser processados também.
Deveríamos comer 7 a 9 porções de vegetais, mas estamos longe de atingir essa meta. Outros alimentos, não saudáveis, vão substituindo estas porções na nossa alimentação. Os sumos verdes são uma ótima hipótese para essas porções, dando hipótese ao nosso intestino de absorver os nutrientes que necessita.
9 – A carne e o peixe consumidos deverão ser de boa proveniência e de boa qualidade.
Existem alguns mitos em relação ao café. O café não é nocivo para o nosso microbioma desde que seja um café de grão que o possas moer, ou que não tenha sido muito modificado, como o café de cápsula.
Quando vamos ao supermercado, para facilitar a nossa escolha, podemos optar por consumir alimentos de um ingrediente, ou no máximo dois, como a manteiga.
Torna os teus hábitos e a tua vida mais simples e saudável para que a tua imunidade guerreira esteja pronta para os ataques exteriores que não consigas contornar.
Como aumentar o nosso microbioma?
Com alimentos fermentados por nós, no ambiente da nossa casa, da nossa cozinha, em que as bactérias, as leveduras, que habitam o nosso corpo naturalmente reproduzem-se vivos no nosso ambiente, quer fora, quer dentro do frigorífico e, como são consumidos junto com o alimento onde são fermentados, fixam-se no nosso corpo, no nosso organismo de forma, também natural.
Esta fermentação deve ser feita de forma consistente e por nós.
Podemos fermentar quase todos os vegetais, sendo o mais normal a couve. Podemos fazer picles caseiros, juntar frutas.
Ter em atenção, que os fermentados não devem ser cozinhados. A refeição deve ser preparada, cozinhada ou crua, e no prato juntar o fermentado, para não aquecer e destruir os probióticos.
Também as bebidas podem ser feitas com fermentados, como por exemplo a Kombucha, o Kéfir de água, o tepache, que apesar de serem fermentados com açúcar, este processo de fermentação irá destruir esse açúcar nocivo ao organismo.
Podem ser carbonados e, assim, imitar os refrigerantes, mas de uma forma saudável.
Estes podem ser consumidos por crianças e grávidas.
Também os lácteos fermentados, são outra excelente opção, como o viili, o kefir e o caspian, uma espécie de iogurte fermentado.