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Será que saúde é ausência de doença?

Quando nos sentimos saudáveis será que é pela ausência de doença?

Ter saúde é não estar internado, não estar no hospital, não ter alterações nas análises ou outros exames?

No entanto, sabemos que não é bem assim. Existem outras variáveis que é preciso ponderar para existir um estado de saúde.

O que é a saúde?

Na saúde existem fatores demonstrativos que devem ser tidos em conta, quer nos adultos, quer nas crianças, para avaliar a falta de saúde:

  • Ter um bem-estar geral sem nenhum sintoma.
  • Ter, por exemplo, alergias, obstipação, e assumires “que em ti é normal”, é um indicador de falta de saúde. Nada disso é normal;
  • Ter energia e resistência no dia-a-dia, para atividades físicas, para a brincadeira, para as tarefas diárias. Isto é, acordar cedo ir à escola e ainda voltar cheio de energia;
  • Motivação e entusiasmo. Muitas vezes a criança tem energia, mas não tem nem motivação nem sente entusiasmo pelas atividades, pelas brincadeiras, também é um sinal de falta de saúde;
  • Libertar crenças, preconceitos e ansiedades. Aceitar estes pensamentos sem os questionar e avaliar, aceitando-os como verdadeiros, vivendo de acordo com estas limitações, é um indicador de falta de saúde;

E neste sentido, apenas podemos ajudar a nossa criança, se tratarmos da nossa própria saúde emocional. Ao pensarmos e agirmos de acordo com a nossa maturidade emocional, sem um autocuidado, a criança irá agir do mesmo modo. Terá que existir, por parte da mãe, coerência quer a nível mental, quer emocional, porque a criança age de acordo com as ações da mãe e, até de acordo com o seu campo gravitacional, que influência a criança.

Se a criança agir com serenidade, será um excelente indicador de saúde.

No método Imunidade Guerreira, as mães dispõem de ferramentas para regular a sua própria ansiedade e medo, para viverem mais serenas, justamente pela saúde da criança.

Então e o medo não é necessário para não andarmos metidos em acidentes?

O medo é um alerta do nosso corpo para que nos possamos defender ou agir com coragem. No entanto, ter medo de tudo e de nada, no dia-a-dia não é nem normal nem saudável.

Encontrar um leão, convém ter o nosso sentido do medo acionado. Perder o autocarro e chegar tarde ao trabalho ou à escola, sentir medo que leva a um descontrolo na ansiedade, já não será nada saudável.

Quais são os habituais sinais de falta de saúde?

  • Tosse;
  • Ranhocas;
  • Febre;
  • Dificuldades respiratórias;
  • Obstipação e outras alterações do intestino;

Quais são as menos habituais?

  • Alterações nas fezes. No Imunidade Guerreira existem, também, ferramentas para que as mães possam avaliar as alterações no intestino através das fezes;
  • Camada branca sobre a língua, que indica inflamação internamente, provavelmente iniciada no intestino;
  • Seletividade alimentar, isto porque existe uma comunicação direta entre o intestino e o cérebro. Se no intestino existirem bactérias patológicas, no seu microbioma, na sua flora intestinal, os pensamentos serão de necessidade de alimentos viciantes que alimentam essas bactérias;

Nesta seletividade alimentar é necessário apontar o facto de que mesmo não existindo outros sintomas e a criança não aparente estar doente, ela caminha para a doença.

Crianças com maiores alterações comportamentais, dificuldade de aprendizagem e de concentração, são muito seletivas na alimentação. Tem exatamente a ver com esse eixo de comunicação entre o cérebro e o intestino, que aos poucos vai diminuindo a saúde da criança, também a nível mental. A saúde mental não é só na cabeça, é no corpo e é bioquímica, não se pode dissociar nem tratar apenas a parte mental sem tratar o seu microbioma.

  • Medo e inquietação, também são indicadores de falta de saúde. Por estar em constante estado de alerta e não permitir um saudável funcionamento e crescimento. Ou estamos a crescer ou a morrer e, quando o estado é de constante alerta, então estamos a morrer e não a crescer. Quando estamos serenos, aí sim estamos a crescer.

Se a criança estiver em constante timidez e medo, toda ela está tensa, assim como, todos os seus órgãos. Não é possível existir crescimento num estado de alerta em que as funções são desligadas, para usar o mínimo de esforço para manter esse estado de alerta.

  • Alterações no sono, quer dificuldades em adormecer, quer dormir bem e acordar descansada;
  • Alterações no humor e no comportamento, instáveis ou constantes;
  • Resistência à mudança ou um grande apego à rotina;
  • Dificuldade de concentração e de dar atenção ao que é solicitado, que também pode estar relacionado com o estado de alerta e de defesa, de nervosismo, ansiedade e de pensamentos ruminantes;
  • Pele, cabelo e unhas. Se a pele tem alterações, dermatites, urticárias, reações. Se as unhas crescem com dificuldade, são quebradiças e têm manchas;
  • Algo de errado nos olhos, ouvidos e nariz. E pode ser desde inflamação, como dificuldade na utilização destes órgãos, como a falta de vista, dificuldades auditivas ou respiratórias. Algumas são irreversíveis, mas se não existir um maior cuidado com a criança podem escalar ainda mais e mais rápido.

Chega o período entre os 5 e os 9 anos em que as doenças abrandam na criança e as mães relaxam… Ainda assim, existem cuidados a ter. São eles:

  • No caso de muita seletividade alimentar, ou dificuldade em beber água, é necessário educar para uma alimentação saudável e para o hábito de beber água, ao mesmo tempo que deve ser feita uma desintoxicação.

Isto porque, pode existir um retrocesso e, todos os indicadores que anteriormente referi, podem vir à superfície, mas como indicadores já crónicos, como doenças autoimunes.

É necessário fazer uma alimentação rica em gorduras saudáveis, que é crucial para o seu desenvolvimento, assim como as frutas e vegetais.

Para este intervalo de idade todos os indicadores são válidos, com especial atenção no comportamento e o intestino.

Como ter a certeza que realmente existe saúde nas nossas crianças?

  • Fezes bem formadas, sem alterações ocasionais;
  • Respiração nasal e não oral;
  • Comportamento sereno e relaxado;
  • Gosto por alimentos variados, tem prazer e uma boa relação com a comida;
  • Sono estável e de qualidade;
  • Segurança e independência. Quando a criança não quer fazer as suas rotinas, vestir, etc. Diz muitas vezes não consigo e não sou capaz, é um indicador de falta de saúde;
  • Não ter resistência à mudança nem apego à rotina;

As pessoas que têm muita resistência a mudar a rotina, a mudar hábitos, é sinal de medo, de gerador de ansiedade, quer nas crianças, quer em adultos. Isso é um indicador de falta de saúde.

Quanto aos exames que são feitos de forma regular, análises e outros, servem para perceber se existe saúde?

Temos que ter em atenção que caso não sejam exames completos, para a Nutrição funcional, que analisam tudo e que são de 30 páginas, pouco nos dizem.

Aliás, se existem alterações indicadas nesses exames então é sinal que já há muito que existe doença.

Estes exames estão feitos de forma a que a tua autonomia para tratares de ti seja controlável e limitada para recorreres sempre a pessoas do exterior.

E com isto não quero dizer que não se façam exames nem que se recorra a quem de direito, quando realmente é necessário. Também, muito importante será escolher a pessoa que irá ver esses exames.

Aqui entra o nosso Imunidade Guerreira, que educa para o futuro e para a autonomia. Enquanto mãe aprendes a tratar a tua criança, para que esta no futuro perpetue essa autonomia e trate de si própria de forma saudável e consciente, sem chegar ao ponto de não ser capaz e ser necessário estar constantemente dependente de terceiros.

Por isso, nunca esperar pelas alterações nas análises, porque aí já não será cuidar da saúde, mas sim, ir à procura de pensos rápidos.

Adquires os hábitos chaves, para investir na saúde dos teus filhos e na sua autonomia.

Filhos saudáveis, com hábitos saudáveis é um investimento que não se compara. As tuas crianças irão navegar nesta vida de forma leve, caso tenham bons níveis de saúde e mentais.

Como podemos então perceber se a criança está a ir na direção de uma vida saudável?

Sempre atenta a todos os indicadores aqui descritos. Todos eles dar-te-ão uma visão sobre a saúde da criança, de forma a recolheres toda a informação, para decidires o que é necessário, os passos e decisões a tomar para a criança ir em direção a uma vida saudável.

Aliado a isto será importante perder os vícios mentais, quer pelas rotinas, quer pela alimentação. Vícios nunca são saudáveis.

Dar as ferramentas aos nossos filhos enquanto são crianças, será um treino para uma vida saudável.

Por isso, deves ter em mente que cuidar da saúde é começar a criar, o mais cedo possível, hábitos saudáveis, quer alimentares quer mentais e emocionais.