As crianças são difíceis no que toca a comer alimentos saudáveis. Verdade?
E para que as crianças comam vegetais é normal as mães tentarem de variadas formas, desde disfarçar os vegetais no meio de outros alimentos, adicionar molhos, muitas vezes pouco saudáveis, para disfarçar o sabor, dar outras alternativas menos saudáveis, fazer muita sopa, entre outras.
No entanto, a criança continua muito seletiva e sem ter vontade de comer ou “gostar” de vegetais.
Então qual é a razão porque as crianças não gostam de comer vegetais?
Tudo começa quando vamos ao médico ver o peso do bebé, enquanto recém-nascido, seja amamentado ou não, e começa por existir alguma pressão para o seu aumento de peso…
A necessidade, imposta, de que o bebé, ou a criança, têm que aumentar o seu peso fica impregnada em nós, mães.
É necessário avaliar se o bebé tem todos os indicadores de um bebé saudável. Se o tiver não há necessidade de o “estar a engordar”.
A criança com o seu crescimento começa a selecionar o que gosta e a deixar de parte os vegetais. Perante essa dificuldade nós mães, vamos oferecer outros alimentos, pão, massas, aveia…
A criança deve ser habituada a alimentar-se de alimentos saudáveis e não de substituições. E, se assim for, ela vai aumentar de peso de acordo com a sua constituição, de acordo com o que o seu corpo pede e necessita. Isso sim, é saudável!
E vão existir fases estacionárias, que nem aumenta nem diminui de peso, e está tudo bem, desde que a criança se mantenha com outros indicadores de saúde.
As mães devem olhar para estas situações com naturalidade. Esta naturalidade vem da segurança de que a alimentação e nutrição que dão às suas crianças, é a melhor.
E como se consegue essa segurança?
Através de estudo, de procura, de conselhos.
Só assim te poderás blindar das pressões exteriores, quer familiares, quer outras, e alimentares o teu filho de forma consciência e instintiva.
No método Imunidade Guerreira é ensinado às mães, em conjunto com outras técnicas, de forma a sentirem-se seguras no seu papel e condição de mães, de criadoras, aprendem a deter o poder nas suas mãos.
Qual é o impacto da falta de verdura nas nossas crianças:
- Desnutrição – Não recebe a nutrição real que necessita para desenvolver;
- Obstipação – elas necessitam da fibra das verduras e das sementes (atenção, muito diferente da fibra dos cereais que não é saudável e atua como uma tampa no intestino);
- Diarreia – que é por falta de nutrição e também uma pós obstipação;
- Falta de atenção – muito frequente em crianças com baixa nutrição;
- Vários outros problemas de saúde.
O que é a desnutrição e o que devemos saber sobre ela?
A desnutrição é falta de nutrientes, que pode acontecer por falta de verduras ou pela sua substituição por outros alimentos.
Esta desnutrição por substituição acontece porque estes alimentos são vazios de nutriente e tornam a digestão muito mais difícil. O intestino fica menos eficiente. Mesmo que a criança consuma alguns vegetais, o intestino não consegue digerir bem os seus nutrientes, não acontecendo assim o circuito necessário para a sua correta e eficaz absorção.
Vêm-se muitas crianças com problemas respiratórios que acontecem por esta desnutrição. Outros problemas são:
- Metabólicos, como a anemia;
- Problemas de atenção;
- Dificuldades de desenvolvimento e crescimento;
- Intolerâncias e alergias, que são reações autoimunes, e podem ser a alimentos ou a produtos utilizados em casa ou na escola.
É muito importante, por isso, que a criança consuma, principalmente verduras e frutas frescas principalmente e também cozidas, antes dos 2 anos, 300g, depois 400g.
E como sabemos que a criança como a quantidade que necessita?
Se a criança consome alimentos saudáveis, ela vai pedir apenas quando tem fome e aí oferecemos os saudáveis. Se a criança como a porção que o seu corpo pede, não anda sempre com fome, nem sempre a pedir comer, mesmo sem fome, é porque está bem nutrida e bem alimentada. Comeu de acordo com o seu instinto e a sua constituição.
Ao oferecer alternativas a criança enche a barriga sem realmente se nutrir. E quanto mais estes alimentos são oferecidos, mais a criança se vícia neles, pois as bactérias nocivas, patogénicas, criadas por esses mesmos alimentos, vão sempre querer mais para não se sentirem a esfomear. A criança fica viciada nesses alimentos e nós a alimentar a doença.
Então e como convencemos as crianças a comer verduras e frutas frescas?
- Não oferecer alternativas, os tais alimentos vazios para encher a barriga. Desde que não os tenha em casa e tenha uma rotina de alimentação saudável, o corpo vai perder esse vício e vai deixar de pedir esses alimentos;
- Levar a criança aos mercados locais, onde a criança pode escolher de tudo o que estiver disponível, porque geralmente vendem frutas e ovos, no máximo. Dá autonomia e um papel ativo na sua alimentação;
- Cultivar um alimento saudável em casa, ervas aromáticas, por exemplo, e dar-lhe hipótese de tratar e de provar. Dá-lhe responsabilidade e orgulho, ao mesmo tempo que aprende sobre o seu ciclo e de onde vêm os alimentos;
- Surpreender a criança com receitas apetitosas.
Como podemos fazer essas receitas, todas diferentes e todas saborosas de forma a surpreender?
Todos os dias podemos variar os legumes e a forma de apresentação, ou até a forma como são misturados.
A memória dos nossos pequenos ainda não é muito acuidada e, por isso, eles não vão perceber se na mesma semana as verduras se repetem, podendo a sua apresentação ser igual ou com pequenas alterações.
Podemos, também, misturar legumes com sementes de sésamos ou linhaça e fazer um género de revestimento, temperando com azeite.
Fazer topings de azeite e ervas. As crianças são muito suscetíveis ao sabor do azeite, dos vários condimentos que podes usar, como do sal, também.
Quem consome carne e peixe, poderá cozer tudo à parte e depois saltear com azeite e alho. Fica saboroso e as crianças adoram. Juntando umas sementinhas de sésamo ou com um molho saudável, à parte, é delicioso para as crianças.
Envolver a criança neste processo para que ela possa escolher e ver o que está a ser feito, é outra das dicas que funcionam a 100% para a criança comer saudável. Se a criança escolher não vai recusar. Assim como nós, ela também quer ter o poder de escolha e opção, sobre a sua alimentação.
E com os bebés, como podemos iniciar a sua alimentação de forma saudável?
Oferecendo sempre verduras, nunca todas de uma vez, para que possamos vigiar a forma como reage a cada um deles.
Devem ser cortados como se fossem batatas fritas para que a criança possa pegar e comer com a sua própria mão.
Os vegetais e frutas mais duras devem ser uma cozedura antes e depois cortados da mesma forma.
O bebé vai ver as cores, os cheiros as texturas e vai optar pelo que quer comer. Não o consegue fazer quando come apenas sopas.
Quando acriança apenas come sopa, existem duas situações que podem surgir. A primeira, com tudo misturado, se fizer alguma reação a alguns ingredientes, será muto difícil saber qual é. Segundo a criança não pode optar pelo que lhe apetece. Vai aprendendo a ser senhora da sua alimentação e da sua vida. É uma mais valia para o seu futuro.
Como é possível manter esta consistência?
- Ter sempre uma lista de compras e manter-se fiel a essa escolha escrita;
- Não ir às compras com fome;
- Para fazer compras num supermercado, apenas ir à volta sem entrar nos corredores. Tudo o que necessitamos está à volta, sem existir necessidade de entrar nos corredores;
- Ir aos mercados locais e biológicos da nossa área, que suportam uma economia paralela, muito importante, com uma criação de animais e agricultura muito mais saudável para a nossa terra, e a maioria dos seus produtos para venda são saudáveis;
- Ter uma rotina de horários para fazer compras;
- Para quem não tem horários ou mercados perto da sua área, é possível recorrer aos cabazes e recebê-los em casa;
- Não recorrer a alimentos processados;
- Fazer um processamento alimentar atempado, isto é, planear algumas refeições, cortar os legumes e congelar, para estarem preparados para esse planeamento. Fazer alguns fermentados e alguns caldos, para depois adicionar.
Quando existe este planeamento a criança mais facilmente coloca tudo na panela, está connosco a cozinhar, escolhe a receita, aprende a congelar e, novamente, aquela sensação de autonomia, de escolha e de orgulho, está presente.
Tudo isto é ensinado no curso Método Imunidade Guerreira, onde aprendemos a importância da consistência e do respeito pelo instinto e constituição, de forma a providenciar às nossas crianças uma vida com ótimos níveis de saúde.