A toxicidade acontece principalmente através do nosso intestino e da nossa corrente sanguínea.
Quando existem químicos em suspensão no ar, na loiça, nas superfícies, na roupa, ou são aplicados diretamente na própria pele, esta absorve e despeja na nossa corrente sanguínea.
A pele tem várias camadas de gordura, que nos protegem, e que vão sendo destruídas pelos produtos que usamos. Há medida que vão sendo destruídas, mais facilmente esses produtos entram em contacto com o sangue. Sangue este, que circula até ao teu cérebro, levando estes neurotóxicos, e que pode afetar desde comportamentalmente, emocionalmente e também o sistema nervoso. Todas as áreas do cérebro são afetadas.
Depois temos o microbioma e o intestino. O microbioma habita todo o nosso corpo, concentrando a sua maior parte no intestino. Este propaga grande parte do seu microbioma por todo o corpo, caso não seja saudável e esteja intoxicado, o que propaga será um microbioma doente e tóxico.
O microbioma é saudável se os alimentos que consumimos são saudáveis e a toxicidade ingerida é baixa.
No caso da toxicidade ser alta, as bactérias do nosso intestino tornam-se patológicas, nascem e multiplicam-se doentes e serão espalhadas por todo o corpo. Levando a doença por todo o corpo.
Estas bactérias, vírus, fermentados, alimentam-se dos produtos tóxicos que vamos ingerindo e, há medida que aumentam, vão enviar impulsos ao nosso cérebro, pedindo mais desses alimentos, para se continuar a alimentar e não morrer. Daí os grandes apetites por açúcar, por hamburgers, por comida não saudável. Elas viciam o nosso organismo!
Caso não deixemos de lhes dar esses alimentos, elas vão continuar a multiplicar-se e adoecer-nos, frequentemente. E isto acontece com as nossas crianças e as doenças recorrentes.
Como é que a toxicidade chega até nós?
A toxicidade chega-nos de várias formas.
- Quer nos agrotóxicos, pesticidas e outros, utilizados nos alimentos. Alimentos esses que são para nosso consumo direto, ou consumo dos animais para nosso consumo. Agrotóxicos usados na produção de outros alimentos, como é o caso da carne. Todos estes através da ingestão. E não basta tirar a casca para não os ingerir, entretanto, já ficaram entranhados em todo o alimento.
- Agrotóxicos e metais pesados usados na medicação convencional.
- Depois, através dos produtos de cosmética, perfumes, produtos de banho e dos produtos de limpeza da casa, ambientadores, detergentes da roupa, em contacto com a pele, da loiça, que são consumidos em conjunto com os alimentos. Estes podem ainda ficar em suspensão no ar ou em contacto, direto ou indireto, da pele.
- E pela toxicidade ambiental, pela suspensão e contacto com a pele.
É importante perceber de onde vem a toxicidade para evitar essas fontes de tóxicos, que nos põem, a nós e às nossas crianças, doentes.
Depois de perceber de onde vem essa intoxicação será de eliminar todos esses produtos de consumo e de utilização diária.
Quais são os sinais de toxicidade na criança?
Eu consigo perceber que o meu filho está intoxicado, quando existem casos de doença.
No entanto, e por não estar doente, não quer dizer que não esteja intoxicado. Nestes casos os sinais são mais subtis.
A criança anda sempre com episódios de doença recorrentes, tem tosse que não passa, muco, as ranhocas constantes, voz pouco clara e necessidade de limpar a garganta para falar, nariz entupido frequentemente. Os cocós com muco e as diarreias, as dermatites, deste urticária, pele atópica, entre outras.
As reações na pele são grandes evidências de toxicidade. E podem ser por contacto, os principais suspeitos, mas também por ingestão.
O intestino produz muco que vai inflamar todo o corpo, desde as vias respiratórias, os pulmões, a garganta, os dentes, infeções urinárias, entre tantas outras.
Muito importante, é o facto de ser normal existir inflamação no cérebro, através dos neurotóxicos, sendo esta muito patológica.
A forma de agir da pessoa e da criança, pode ser exatamente pela sua inflamação. Não saberemos muito bem se está a agir pela sua inflamação ou se é mesmo ela. Porque quando existe desconforto, doença, é difícil agir de forma carinhosa, amorosa, empática. Podem existir impulsos de violência, de ansiedade, birras, despertares, desorganização mental, despoletados pela inflamação do corpo. Os impulsos gerados pelo cérebro inflamado, podem ser mal interpretados e resultar em atitudes menos boas, pois existe muito desconforto e doença.
Dado existirem muitos neurónios no intestino, esta inflamação irá modelar todo o comportamento, ação, decisão, da criança, assim como, o seu desenvolvimento.
Não é so a doença física e evidente que nos deve preocupar, e também a ligação corpo mente, e como a inflamação atua sobre essa ligação.
Como é possível toxicidade na nossa casa?
Quando adquirimos produtos, por exemplo de limpeza, sabemos que os mesmos são tóxicos. Eles têm na sua embalagem o sinal de perigo. No entanto, estes produtos podem ser vendidos porque cumprem os limites de toxicidade permitidos por lei, para um produto. E não para três, quatro ou cinco que usamos todos no nosso ambiente familiar.
Se ingerimos, entramos em contacto, utilizamos e ficam suspensos no ar, tudo aquilo que é usado em nós e na nossa casa, facilmente temos grandes níveis de toxicidade.
Quando tomamos consciência de toda esta toxicidade e sabemos que é esta que nos põe a nós e às crianças doentes, a solução é eliminar tudo. E assim veremos as nossas crianças melhorarem.
Como podemos lidar e acabar com esta toxicidade?
Devemos eliminar tudo o que existe de tóxico, quer produtos de limpeza, quer produtos de banho e cosmética. Trocar todos estes por soluções naturais.
Se o que utilizamos fora nos faz mal então o que ingerimos fará ainda pior. E não vale a pena retirar os produtos de limpeza e, ainda assim, deixar as comidas tóxicas, na dieta do nosso filho. Ele vai manter-se intoxicado da mesma forma.
Como perceber o que nos intoxica na alimentação?
Todos os alimentos não biológicos, que são de culturas fora da “nossa porta”, “fora do seu tempo de cultivo”, de grandes cadeias de supermercados, alimentos processados, contém de alguma forma toxicidade. Mais que não seja pela sua forma de conservação.
A cultura intensiva quer de agricultura, quer do gado, dos laticínios, contém sempre tóxicos.
Devemos identificar os alimentos, fazer algumas paragens, por exemplo, três semanas, e perceber as melhoras e a recuperação na nossa criança. E até mesmo em nós!
Quais as medidas que eu posso tomar para os desintoxicar?
Hoje em dia é difícil qualquer família não estar intoxicada, dado que praticamente tudo o que está disponível no mercado, é intoxicante e prejudicial.
Deves, por isso, eliminar todos estes produtos.
E esta eliminação pode ser feita de forma gradual, sendo difícil ver logo grandes melhorias, mas, ainda assim, a doença recorrente deixa de ser tão recorrente. Ou na sua totalidade e, assim, verificar de imediato, grandes melhorias.
Atenção que só verás realmente a cura, quando eliminas toda a toxicidade.
E para além de retirar, que posso mais fazer para compensar essa toxicidade?
Mesmo quando retiras toda a toxicidade visível, ainda assim, ela existe. A poluição ambiental, os plásticos, que podes diminuir, mas eliminar completamente é difícil, quer na cozinha, quer nos brinquedos. As borrachas nos automóveis, que estão em permanente contacto com o sol, ficando ainda mais tóxicos. Os ar condicionados, os produtos usados na escolas, e tantos outros.
Assim outra boa prática será a compensação da toxicidade, que deve ser feita com muito tempo na natureza. E não só em parques com relva artificial, mas sim, mesmo na terra, na lama, na areia da praia. Em sítios de confiança para a criança levar as mãos à boca e comer terra para renovar o seu microbioma saudável.
Outra boa prática será a utilização de probióticos. Estes têm que ser muito bem escolhidos, para não ser o mesmo que usar nada. Só acima de sete estirpes serão aconselháveis tomar. Menos não fará nenhuma alteração na criança.
Para isso também, podem ser usados os fermentados caseiros.
Tudo isto irá melhorar bastante o microbioma no corpo, em conjunto, com um ambiente desintoxicado.
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