Existem várias questões relacionadas com os despertares noturnos das crianças.
Cada criança é um caso específico e deve ser vista dessa forma.
Até aos 3 anos os ciclos de sono são mais irregulares, no entanto, devemos sempre ter atenção, pois o descanso é essencial para o seu desenvolvimento saudável.
Para que possamos perceber o sono das crianças, devemos dividir por categorias:
Antes dos 3 anos amamentados e não amamentados; e depois dos 3 anos.
Como interferem a amamentação ou a não amamentação no sono da criança?
Quando o bebé mama, recebe da mãe indicações sobre o sono, sobre os ciclos. E essas indicações podem influenciar num melhor sono ou não, dependendo, também das características do sono da mãe.
Quando não existe amamentação, a procura por vínculo ou indicações de que está seguro, o instinto de sobrevivência, fá-lo acordar várias vezes durante a noite.
Para ambos os casos, até as necessidades básicas, como a sede, o xixi, e, novamente, a garantia de estarem seguros e que os seus pais estão próximos, mantém-nos mais alertas e com sonos menos regulares.
Trata-se acima de tudo de perceber e sentir a consistência do vínculo que existe entre a criança e os pais e, por isso, os despertares.
No entanto, de um modo geral, o sono das crianças que não é muito estável até aos 3 anos de idade, a partir dos 3 anos tende a estabilizar, gradualmente. Isto porque as crianças tendem a regular os seus ciclos a partir dessa idade.
O que pode provocar os despertares noturnos na criança?
Até aos 3 anos, é necessário resolver, os terrores noturnos, as sensações de insegurança da criança, o sono perturbardo, ou seja, muitos sonhos, que perturbam a criança e assim o seu sono.
Outros desconfortos acabam por, também, despertar a criança, como a obstipação, a fome durante a noite e o que foi o seu dia. Isto é, se o dia tiver sido mais desafiante o sono será também.
Todas estas questões dão origem aos vários despertares da criança.
Como podemos resolver estes despertares?
E resolvemos todas estas questões, quer através da homeopatia, quer da terapia floral, dependendo dos casos e, também, com algumas alterações de hábitos.
Pode existir a necessidade de realizar um estudo da saúde da criança, dos seus comportamentos, do seu dia-a-dia.
É necessário um estudo para cada criança em específico, pois o tratamento também será específico.
Os hábitos são importantes para o sono da criança?
Os hábitos e o vínculo são de extrema importância para o sono do bebé e da criança.
Quando nos referimos a vínculos, referimo-nos à sensação de segurança que a criança tem.
Quando a criança deixa de ser amamentada ou passa a dormir sozinha no seu quarto, devemos ter atenção à sua disponibilidade para isso, a sua aceitação e o seu conforto.
Não quer isto dizer, que a mãe ou o pai tenham que estar desconfortáveis. Deverá, sim, existir um equílibrio entre o bem-estar dos dois ou dos três e, se possível, uma adaptação suave e gradual, nunca sem deixar de ter em conta a idade da criança.
Estudos referem que até aos 3 anos, tanto amamentação, como cama compartilhada, ou outra forma de manter a presença dos pais, deve ser privilegiada. Isto porque, podemos comparar a sensação da criança ao dormir sem os pais à de um adulto passar a dormir sozinho na rua.
É uma comparação muito forte, mas muito real, tendo em conta a importância do vínculo seguro no crescimento da criança.
Devemos alimentar a criança antes de dormir?
As crianças mais pequenas podem precisar de uma refeição antes de deitar, fácil de consumir para que seja dada já a criança meio ensonada.
Dentro do sistema alimentar dos pais e da criança, uma refeição saudável. Mesmo amamentada, sem ser em exclusivo, pode ser um alimento para além da mama.
E se mesmo assim ainda não dormir?
Se as necessidades da criança estão asseguradas e mesmo assim ainda não dorme, é necessário observar, investigar o porquê dela não dormir consistentemente.
Se a atenção dos pais quando estão juntos é suficiente, se fica nutrida de atenção, carinho e amor?
O seu dia-a-dia é tranquilo e sereno para quando chega a hora de dormir ser fácil adormecer?
A luz em casa, ou do quarto, é muito branca, ou começa a descer de intensidade no período da noite, mais amarela e baixa? Até as luzes de presença devem ser baixas e quentes.
A sua alimentação é saudável, de fácil digestão?
Se existe no seu ambiente liberdade de exploração, de movimento, de brincadeira livre para deixar a curiosidade fluir? Deixar a imaginação fluir, cair, levantar, trepar, etc. é extremamente importante, pois desenvolve uma tendência de confiança na criança, que, também, ajuda a melhorar o seu sono e o seu crescimento.
No que diz respeito à aromaterapia, é recomendável, mas com reservas.
Cada bebé e cada criança é um caso e banhar a criança em óleo essencial de lavanda, por exemplo, não resulta para todos. Para alguns serve de calmante, para outros de excitante.
Cada óleo essencial deve ser bem escolhido e bem doseado, de acordo com a idade de cada criança, para que a causa dos despertares não seja mascarada e sim revolvida e, sem o perigo da má utilização dos óleos essenciais.
Deve ser tratada a causa da insónia da criança e, neste caso, a terapia natural adequada irá tratar o físico, o mental e o emocional, de forma a que o sono da criança se torne saudável.
A ansiedade na criança é uma realidade?
Não só é uma realidade como também provoca despertares e sonos irregulares.
Quando esta situação é identificada, normalmente terá uma relação familiar e neste sentido, é necessário existir ajuda para que toda a família seja impactada para que, na altura de dormir, todos consigam uma diminuição da ansiedade e um sono mais saudável.
É necessário ter consciência que a criança irá sempre agir com o subconsciente da mãe, e se existir ansiedade na mãe a criança irá observar e sentir o que é transmitido.
É muito importante perceber de onde vem a dificuldade do sono da criança, pois esta dificuldade é transversal, mas nem sempre vem das mesmas razões.