Fome emocional resulta quando existe um consolo através da alimentação.
Quem nunca disse “vou comer um chocolate porque mereço, tive um dia difícil”, isto é, alimentar as nossas emoções com comida, sem ser de forma saudável.
O que tem a fome a ver com as emoções?
As emoções controlam os pensamentos, que, por sua vez, controlam as ações.
Por isso, quando existe um vazio emocional ou um constrangimento das emoções, uma dependência também emocional, a comida é o ideal para o preencher sendo o mais automático e acessível, também.
Serão situações que têm que ser identificadas de dentro para fora.
Como surge a fome emocional?
A fome emocional surge da nossa história, do nosso passado, das nossas vivências e experiências mal resolvidas, com as quais não queremos entrar em contacto.
Porém, este vazio emocional não é imediato, vai-se desenvolvendo ao longo da vida, e resulta das emoções vividas em criança, no início da vida, que não são diluídas, resolvidas ou transmutadas e que ficam cristalizadas.
Assim, as emoções, principalmente, a do abandono e da humilhação, que estão mais ligadas à alimentação, quando não são identificadas ou trabalhadas, resultam nesse vazio que precisa ser preenchido.
Do mesmo modo, resultam numa necessidade de aprovação, numa dependência, ao mesmo tempo, diminuindo o seu valor em relação aos outros.
Por isso, é muito mais confortável viver no imediato sem identificar, sem lidar com essas questões e ir “tapando os buracos” com o que temos à mão. E o que temos mais à mão, geralmente, é a comida.
Eventualmente, não será assim, pois, a longo prazo, irá tornar-se num fardo e mau estar emocional, em excesso de peso e inflamação geral do organismo, resultando em níveis de saúde muito baixos.
Um grande tomada de consciência resulta do papel de mãe, onde o papel de nutrir é muito forte e, quando o teu filho te pede algum alimento, que tu sabes que é mais para consolo emocional, como bolachas ou bolos, tu tens a necessidade de dar, porque caso não dês e lhes digas que não tens, irás sentir também um vazio. A mãe terá que estar muito bem resolvida, sobre as escolhas alimentares que faz em sua casa e com a sua família.
Como tratar a fome emocional?
Para tratar a fome emocional temos que trabalhar as nossas emoções, as nossas vivências, deixar as desculpas e sair da zona de conforto. Deixar de agir em piloto automático e com os padrões pré-concebidos, que não nos servem.
“Não posso sair de casa sem comer”, “Não posso saltar uma refeição”, “Vou sentir-me mal”, “Vou desmaiar se não comer”, “O meu cérebro não funciona”, “Vou fazer hipoglicemias”, entre outros, são os argumentos mais utilizados.
Estes argumentos, também chamados de pensamentos ruminantes, colocam-nos em situações e realidades criadas por nós.
Do mesmo modo, são muito alimentados pelo consumo excessivo de hidratos de carbono.
Não existe a necessidade de deixar de comer por completo, mas sim, a eliminação desses hidratos aliado a um jejum intermitente.
De ter atenção sobre as diferentes necessidades na alimentação dos adultos e das crianças, que estão em crescimento e maiores níveis de energia.
De que forma ajuda o jejum intermitente?
O jejum intermitente, em conjunto com a eliminação dos hidratos de carbono e uma alimentação consciente, irá desinflamar o nosso organismo, incluindo o nosso cérebro e o nosso intestino.
Se a nossa fonte de energia for também fonte de inflamação, como são os hidratos, o nosso corpo irá despender muita dessa energia a combater essa mesma inflamação e será difícil teres foco e concentração para resistir a certos alimentos e impulsos.
Igualmente o facto de os teres disponível em casa não ajuda a essa eliminação, por isso deves evitar comprar ou teres em casa de fácil acesso. Ter uma lista e seguir essa lista é uma excelente opção.
Lembrando, sempre, que as nossas escolhas e as nossas compras, dizem muito sobre nós.
Não esquecendo, também, que os alimentos puxam por outros alimentos e ao consumirmos alguns vai sempre existir a necessidade de continuar a consumir. Os açúcares puxam pelos açúcares, os hidratos pelos hidratos.
Quando o nosso corpo desinflama, o desconforto diminui, a fome, que não é fome também diminui, as ideias e os pensamentos, a realidade, por assim dizer, torna-se mais clara, menos problemática, sendo que esse vazio, também identificado e trabalhado, deixa de ter necessidade de ser preenchido de forma tão automática.
A tua fonte de energia será outra, mais saudável, e sem necessidade constante de combater inflamação.