As inflamações respiratórias acontecem por várias razões. E o facto do corpo inflamar, quer dizer que o mesmo está reativo, a responder bem e a dar sinal que que tem alguma fragilidade a ser resolvida.
Deve ter em atenção também a altura da vida em que se encontra e o nível de inflamação, porque até mesmo as estações do ano implicam níveis diferentes de inflamação.
Está confirmado que mesmo na pre conceção, durante a gestação e até mesmo no plano de parto, estas questões podem ser antecipadas e melhoradas.
Neste artigo vou abordar um caso de estudo de uma inflamação respiratória de uma criança menor de 3 anos, com cirurgia realizada, com remoção dos adenoides, mas ainda com utilização de bomba e medicação.
Mesmo com cirurgia a inflamação continua, porque esta não elimina a doença. A cirurgia por si só, não é suficiente. Existe todo um trabalho que pode ser feito antes da cirurgia, que pode ajudar e muitas vezes eliminar a questão da cirurgia.
Desde a identificação de onde vem a inflamação, o seu tratamento removendo a toxicidade dos produtos que utilizamos em casa, removendo a toxicidade alimentar, os açúcares, os alergénios e os hidratos de carbono. Por fim, tratamento com homeopatia para encontrar mecanismos de defesa de modo a que a inflamação nem persista nem volte.
Identificar de onde vem a inflamação?
O meu método de diagnóstico assenta em fazer várias perguntas, que por vezes até podem parecer um pouco estranhas.
Todas estas perguntas vão sendo feitas, por fases, de forma a identificar fragilidades no dia-a-dia da criança, até chegarmos ao que pode estar a causar essa inflamação.
Nem sempre esta identificação acontece de imediato, porque não é possível passar de 100% de inflamação para 0%, ou até que se consiga chegar a uma conclusão viável.
Começo por conhecer a história do parto, o historial clínico, a constituição, os hábitos alimentares, o nível de toxicidade dos produtos que usam em casa, entre outros. Nesta fase é identificado o grosso da inflamação, por assim dizer, e começar a sua redução, a diminuição da sua sobrecarga.
De que modo o intestino influencia as inflamações respiratórias?
O nosso intestino influencia o bem-estar do nosso corpo, sendo ele o maior responsável pela nossa imunidade.
É o responsável pela transformação do que o corpo ingere, em energia, em capacidade de raciocínio, em imunidade, e em bio-feed-back (a componente nervosa do nosso intestino, comunica ao nosso cérebro, se o que estamos a comer nos faz bem).
Quando o equilíbrio gastrointestinal se perde é preciso restabelecer, ou seja, tem que ser reposto.
No tratamento de uma inflamação respiratória é impossível fazê-lo sem passar pelo intestino.
Tratando o intestino, repondo a sua condição de bem-estar, tratamos todo o corpo e, por consequência, a inflamação respiratória.
E depois de identificada a inflamação?
Um corpo que está reativo e em que a sua imunidade está baixa, mas ainda assim a funcionar, devemos deixar o corpo mostrar os sinais, para que o possamos medicar.
Deixar a febre atuar é de extrema importância.
Para tratamento vamos aplicar a homeopatia, para o corpo, sabiamente, se livrar da inflamação.
Um tratamento holístico, como o que é feito com a homeopatia, trata e reduz as hipóteses dessa inflamação voltar.
Ao eliminar a causa da inflamação, repondo o equilíbrio do corpo, com aprendizagem de novas formas de defesa, vão ajudar a que a criança deixe de estar constantemente doente.
O que têm as emoções a ver com a inflação?
Quando existe uma má gestão das emoções o corpo, por si só, inflama.
Devemos ter uma boa gestão do nosso estado emocional, boas ferramentas para lidar com estados de stress e de ansiedade, para que o corpo não fique doente.
Trabalhar o stress e o descontrolo emocional através da respiração, do autocuidado, da promoção do seu crescimento, nos adultos, é essencial.
E, muito importante, estas ferramentas não estão direcionadas apenas para os adultos.
Existem muitas ferramentas que podemos ensinar às nossas crianças, para que elas próprias possam gerir o seu stress e ansiedade e ter uma gestão emocional saudável.
Mas, acima de tudo, esta gestão emocional começa principalmente pela mãe, ou pelo cuidador principal, para que a criança aprenda pelo exemplo e ponha em prática essa respiração, esse autocuidado e esse crescimento.
Até, mesmo, as questões da alimentação, ficarão muito mais fáceis se começarem por nós como exemplo.
As nossas crianças vão saber o que é saudável, vão saber que são capazes de o fazer e de o pôr em prática, apenas e só pelo poder do exemplo.