Como sabes sou mãe de gémeos.
E, apesar de, raramente estarem doentes, o facto é que estão em contacto com outras crianças.
Isto implica estar em contacto com vírus e bactérias estranhas ao seu meio ambiente.
Qualquer criança que esteja a chocar alguma doença começa por apresentar comportamentos estranhos ou diferentes.
E esses comportamentos são para mim motivos de vigia, quer sejam dos meus filhos ou de outras crianças que sigo como terapeuta.
Como nestes últimos 2 dias já apresentavam alguns comportamentos diferentes, que eu como sua mãe consigo identificar, como estando perto algum mal-estar.
E depois de identificar esses comportamentos, o que fazer?
Existem alguns sinais que são muito evidentes e eu consigo começar logo a medicar. Por exemplo, irritação, ansiedade, prostração, o vulgar ficar xoxinho, sede ou apetite fora do normal.
Nestes casos é possível medicar imediatamente.
É muito importante reconhecer que não são coisas pontuais e que se prolongam no tempo.
Para isso o que eu gosto de fazer é deixar o corpo mostrar os seus sintomas, para ter a certeza do que se trata e não iniciar uma medicação que depois não será a adequada.
No dia seguinte e, caso estes sinais se prolonguem no tempo, aparecem as ranhocas, a dor de garganta ou cabeça, e caso seja mais forte, então a febre.
Aqui o corpo já está a ter uma resposta imunitária mais combatente. Isto é, está a aquecer para tornar o ambiente corporal hostil aos ambientes patológicos.
A febre é o mecanismo mais sábio do corpo e, por isso, devemos deixá-la atuar, seguindo de perto da criança, oferecendo-lhe uma bebida de eletrólise (para 1 litro de água morna juntar 1 colher de café de sal e 1 colher de sopa de mel), caso mame, então oferecer mama, medicando com Homeopatia, deixando o corpo e a sua imunidade agir praticamente sozinhos.
A Homeopatia vai apenas dar uma ajuda ao corpo.
E caso se trate a febre com algum medicamento farmaceutico?
Neste caso, ao tratar a febre, a doença tem tendência a evoluir e a agravar-se, demorando mais tempo a desaparecer e a voltar a um estado saudável.
Isto porque estamos a cancelar os mecanismos de imunidade do corpo e este não consegue reagir como está preparado, naturalmente, para tratar os agressores externos.
Neste caso, como devemos atuar?
Vou explicar-te exatamente como fiz e faço com os meus filhos, sendo que o procedimento é igual para as crianças que sigo.
Este é, primeiro que tudo, um processo em construção:
1 – Respeito a imunidade dos meus filhos, isto é, eu deixo o corpo mostrar quer comportamentos quer sintomas antes de atuar, nunca os inibindo.
2 – No caso de existir uma temperatura alta, isto é febre, deixo que a mesma atue sem medicar e, assim, estou novamente a respeitar a sua resposta imunitária.
3 – Uso de alimentos fermentados, probióticos, desde muitos pequenitos.
4 – Promovo o contacto com a natureza. Nós vivemos no campo e isso acontece naturalmente. Caso isto não seja possível é muito importante que esse contacto exista.
Não existindo esta inibição, o sistema imunitário está forte, a sua imunidade guerreira está preparada para combater as agressões externas, vírus, bactérias e outros.
Para isso é necessário não medicar sintomas e sim tratar a causa da doença, não bloquear os mecanismos para não enfraquecer e baralhar a imunidade e eventualmente acabar com ela. E este mecanismo é o que nos mantém vivos e saudáveis, sendo ela um processo vital.
E no caso de não melhorar?
Pode dar-se o caso de a criança já ter a sua imunidade comprometida e não reagir ao tratamento.
Ou até o tratamento não ter sido o mais adequado.
E quando falo em tratamento, será o empurrão dado pela Homeopatia.
Neste caso, a medicação deve ser revista e adequada, talvez para um tratamento mais intenso de modo a ativar a imunidade guerreira da criança e para esta começar a dar a sua resposta adequada e natural.
E no caso das crianças que sigo e não os meus filhos?
No caso dos meus filhos eu estou a segui-los e a acompanhá-los, na maioria das vezes ao minuto. Apesar de não medir a temperatura, estou sempre atenta aos seus comportamentos.
No caso das crianças que sigo, são feitas várias perguntas que me ajudam a traçar o quadro sintomático e a terapeutica a utilizar:
Que tipo de ranho têm, que cor, se está alojado, se escorre ou se o nariz já está magoado de assoar?
Caso exista tosse se está na garganta ou nos pulmões, se é seca ou produtiva? Se está rouco?
Se os olhos lacrimejam ou dor de ouvidos?
Está prostrado, ansioso, hiperatividade ou tem outro tipo de comportamento fora do padrão de estar da criança?
Porque para medicar com Homeopatia o quadro de sintomas é muito rigoroso, daí tantas questões.
Quando existe conhecimento da criança e experiência com este tipo de medicação, com quatro ou cinco sintomas já é possível medicar, um caso de doenças aguda. Os crónicos são tratados, impreterivelmente com a ajuda de um homeopata.
E neste caso, um Kit de Homeopatia SOS, é o ideal. Ao conheceres a tua família, a este nível, com a ajuda de um terapeuta, é fácil reunir esse Kit e terás à tua disposição, quer em casa quer quando sais de viagem.
Outros fatores muito importantes a ter em conta, são a revisão dos sintomas durante o tratamento, caso existam alterações, o tratamento também terá de ser alterado ou corrigido. E a toma de um único homeopático de cada vez, nunca vários ao mesmo tempo.
Sim, é possível, as crianças recuperarem em 24h, continuando o tratamento até que os sintomas desapareçam por completo.