O que não falta atualmente são grandes variedades de produtos para responder a qualquer necessidade relacionada com a nossa higiene. Um dos itens que, por norma, inserimos na rotina são os desodorizantes.
Somos constantemente bombardeados com publicidade que supostamente apresenta produtos que resolvem os nossos problemas sem causar qualquer tipo de dano. Porém, isto pode não ser totalmente verdade.
Uma das preocupações que tem vindo a crescer significativamente é o efeito que certos itens podem causar na nossa saúde. Devido à forma como vivemos, estamos habituados a selecionar produtos de forma inconsciente. E, por isso, não damos também importância aos ingredientes que os compõem.
Contudo, esta é uma atitude que tem de ser mudada rapidamente. Queres saber porquê? Continua a ler e percebe!
Desodorizantes: Quais são os ingredientes presentes nestes itens?
As perguntas que deves colocar antes de introduzires qualquer produto na tua rotina de higiene são: Que ingredientes estou a colocar na minha pele? Será um produto seguro?
No que toca a desodorizantes, salvo poucas exceções, as respostas a estas perguntas não são positivas. Este produto, por norma, contém ingredientes que podem afetar diversas partes do nosso corpo ou até mesmo impulsionar o desenvolvimento de certas doenças.
Para perceberes o que estou a falar reuni uma lista de ingredientes que costumam estar presentes nestes itens. E aproveito para te explicar quais os impactos que podem ter na tua saúde.
1 – Aluminum
O principal ingrediente de quase todas as marcas que desenvolvem desodorizantes é o alumínio (aluminum). É usado como princípio ativo antitranspirante e é um metal que impede que o suor saia dos poros. Já foi indicado como uma das causas do cancro da mama e está ligado ao aumento do risco da doença de Alzheimer.
Alguns estudos relacionam ainda o uso de antitranspirante com o aumento de casos de cancro da próstata.
A OMG ainda não classifica este ingrediente como cancerígeno e a FDA assume uma posição observadora, enquanto espera por mais estudos sobre o tema.
2 – Parabenos
São uma família de conservantes sintéticos que se encontram frequentemente neste tipo de produto, bem como em muitos outros itens de higiene e cuidados pessoais.
Foi feita uma amostra aleatória de urina de 100 indivíduos e analisada pelo CDC e as 100 amostras continham parabenos. É importante teres em conta que a nossa pele tem uma grande capacidade de absorção dos produtos que utilizamos! Sejam estes bons ou maus.
Uma das grandes preocupações é que o uso de todos estes produtos químicos corrompa o nosso equilíbrio hormonal, que já é delicado e fácil de alterar. Este desequilíbrio tem sido relacionado com o alcance da puberdade cada vez mais cedo nas crianças, e o aumento do risco de cancro hormonal.
A exposição aos parabenos tem sido também ligada a defeitos de nascença e toxicidade dos órgãos.
3 – Propileno glicol
Conhecido como Propylene glycol também é usado em desodorizantes e antitranspirantes. É um derivado do petróleo utilizado para suavizar a consistência dos produtos. Resumidamente é uma forma barata de tornar os produtos mais fáceis de aplicar na pele.
As marcas argumentam que o propileno glicol é seguro em pequenas quantidades. Porém isso tem sido questionado por associações de defesa do consumidor. Em grandes quantidades os estudos mostram que causa danos no sistema nervoso central, fígado e coração.
Este químico pode ser encontrado ainda em muitos dos alimentos processados que consumimos atualmente. A lógica indica que diminuir a exposição será uma atitude prudente.
Os produtos livres deste ingrediente estão a ganhar cada vez mais popularidade em círculos de consumo saudável e consciente.
4 – Ftalatos
Os ftalatos (Phthalates) são outra categoria de químicos que devemos evitar. São usados em cosméticos, fragrâncias sintéticas, plásticos, produtos de cuidados para o corpo e produtos médicos. Ajudam a dissolver outros ingredientes para criar uma melhor consistência.
Têm sido relacionados com vários problemas de saúde, e o elevado grau presente na corrente sanguínea de mulheres grávidas foi relacionado com defeitos de formação nos bebés.
Isto sugere que os ftalatos podem corromper os recetores hormonais e aumentar a possibilidade de mutação celular.
5 – Triclosan
É mais um dos ingredientes comuns dos desodorizantes comerciais pelas suas propriedades antibacterianas. É igualmente utilizado em sabonetes antibacterianos, toalhitas e géis de limpeza.
A FDA classifica atualmente o Triclosan como pesticida, e é também classificado como um potencial carcinógeno pela Environmental Protection Agency. Esta classificação desencadeou algumas campanhas no sentido de levar as marcas a retirá-lo dos produtos. No entanto, ainda está presente em algumas fórmulas.
É importante referir que as axilas contêm a maior concentração de glândulas sudoríferas do corpo, sendo estas usadas para nos livrar das toxinas. Suar ajuda a eliminar o sal em excesso e a arrefecer o corpo de forma natural, e é absolutamente necessário.
Quando aplicamos uma camada de silicones, alumínios e outros químicos impedimos este processo natural. Deste modo, estamos a acabar com o nosso principal meio de desintoxicação.
O objetivo deste artigo não é assustar-te ou causar pânico! O objetivo é sim ajudar-te a desenvolver um consumo mais saudável. EE, neste caso, deves deixar de utilizar desodorizantes industrializados e optar por opções mais naturais
É necessário começarmos a desenvolver comportamentos mais saudáveis para protegermos a nossa saúde. E o primeiro passo consiste em avaliar todos os produtos que utilizas na tua rotina. Acredita que vai fazer toda a diferença.